Acredito que muitos de vocês nunca ouviram falar do cumaru… As sementes de cumaru ou “feve tonka” (como são conhecidas em boa parte do mundo) são provenientes de uma árvore nativa da região Amazônica. Por isso ela é mais comum nos estados do Pará e Amazonas.
O cumaru é super aromático e lembra a baunilha. No entanto seu sabor é bem mais marcante e tem toques bem amadeirados. É mais conhecido em países da Europa, o que me levou a comprar um potinho há alguns anos em uma loja de especiarias na França. Caso contrário, talvez não tivesse provado até hoje. Só depois de pesquisar melhor é que descobri sua origem.
Deve ser ralado fininho (uso o ralador de noz moscada) e usado em pequenas quantidades em receitas que levariam a baunilha. Ele é rico em cumarina que, segundo dados da Embrapa, deve ser consumida em pequenas quantidades por não ser bem tolerada pelo organismo humano.
Caso não encontre o cumaru, substitua por uma fava de baunilha. Corte ao meio no sentido do comprimento e raspe as sementes com a ponta de uma faca afiada. Outra opção (bem mais em conta do que a fava de baunilha) é usar um pouquinho de extrato de baunilha no finalzinho do cozimento.
Arroz doce vegano com cumaru e pistache
Ingredientes
- 1 litro de leite vegetal
- 150 g de arroz arbório
- 150 g de açúcar demerara
- 1 semente de cumaru pequena, ralada bem fininho
- Pistache sem sal, grosseiramente ralado
Modo de fazer
- Coloque o leite, o arroz e o açúcar em uma panela. Rale o cumaru (com ralador bem fino) sobre a mistura.
- Leve ao fogo baixo e cozinhe, mexendo ocasionalmente com uma colher de pau, até que o arroz esteja macio e a consistência cremosa.
- Os grãos de arroz não devem absorver completamente o leite para que não fique muito seco.
- Sirva morno (ou frio) polvilhado com o pistache picado.